Desc: A Tragédia de Palmnicken: Dirigido por Andrey Proskuryakov. Na noite de 31 de janeiro de 1945, na cidade de Palmnicken, na Prússia Oriental (hoje assentamento de Yantarny, região de Kaliningrado, Rússia), os nazistas atiraram à beira-mar em cerca de 3.000 prisioneiros do campo de concentração de Stutthof, a maioria mulheres e adolescentes. Antes disso, aproximadamente 2.000 prisioneiros foram mortos na marcha de Königsberg para Palmnicken. O avanço das tropas soviéticas chegou ao local da execução apenas um dia após a execução. O personagem principal do filme é Martin Bergau, ex-residente de Palmnicken. Em fevereiro de 1945, ele tinha 16 anos. Ele era membro da Juventude Hitlerista. Junto com outros meninos da tropa 8/43, ele esteve envolvido na execução - ele “regulava a linha de tiro”. Ao longo de sua vida, a história do Massacre de Palmnicken o assombrou. Em 1994, seu livro "O Menino da Costa Yantarny" foi lançado. Nele ele descreve o tiroteio à beira-mar. Gunter Nitsch, um escritor americano de ascendência alemã, que agora reside em Chicago, descreve como os soldados do Exército Vermelho, que entraram em Palmnicken em 15 de abril de 1945, tropeçaram na vala comum dos prisioneiros executados. Durante a guerra, ele acabou em Palmnicken com sua família. O avô de Nitsch foi uma das pessoas que no inverno, por instrução dos libertadores soviéticos, desenterrou os restos mortais dos judeus com as próprias mãos. Antes de sua morte, ele comentou: “Não pensei que os alemães fossem capazes de tal coisa”. O processo criminal iniciado em 1958 pelo Ministério Público da República Federal da Alemanha, bem como os materiais de investigação soviética, também falam do Massacre de Palmnicken. Em 1965, o ex-SS Obershareführer Fritz Weber foi detido na cidade de Kiel. Ele comandou uma coluna de prisioneiros que foram fuzilados no caminho para Palmnicken e ao longo da praia de Palmnicken. Em vez de esperar pelo julgamento, Weber cometeu suicídio em sua cela. Não houve julgamento para ele. Bergau, participante e testemunha desta tragédia, fala-nos da casa onde viveu e da escola onde estudou. Foi a mesma escola onde, em 1938, foi solenemente aceito no Jungvolk, o grupo mais jovem da Juventude Hitlerista. Memórias de travessuras infantis e brincadeiras escolares se misturam aos terríveis detalhes dos acontecimentos do inverno de 1945: ele conta a história de uma mulher que foi morta por guardas bem na porta de sua casa, da "caça aos judeus fugitivos" que foi anunciada pelo burgomestre local, e sobre o eu mais jovem que alinhou os judeus capturados para serem fuzilados no pátio da fábrica de âmbar de Palmnicken. Estará Martin destinado a encontrar paz de espírito pelo menos no final da vida que começou de forma tão trágica? Hoje em dia a "Marcha da Vida" é organizada pela comunidade judaica de Kaliningrado no final de janeiro em memória dos trágicos acontecimentos. Gunter Nitsch e Simcha Koplowicz, um descendente da prisioneira sobrevivente Sheva Koplowicz, se encontram na Marcha. Juntos eles percorrem esse longo caminho em direção à beira-mar.